terça-feira, 22 de abril de 2008

NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

WHAT WILL YOU DO FOR EARTH DAY '08?

Pessoal!
Encontrei dois sites interessantíssimos que poderão ser utilizados no Laboratório de Informática, proporcionando atividades que, com toda certeza, os alunos irão adorar. Já estou aqui com os meus macaquinhos pulando no sótão, como o Menino Maluquinho do Ziraldo diria.
Um deles é o http://www.google.com/earthday08, onde pode-se deixar uma mensagem para o mundo de ações que pode-se fazer para combater as mudanças de clima no planeta. Bem interessante se os alunos também puderem fazer seus registros, não é?



LIVRO ANIMADO NA SALA DE AULA

O outro site é "O LIVRO ANIMADO NA SALA DE AULA", onde encontramos vários video clips de diversos livros, tendo inclusive a oportunidade de baixá-los gratuitamente na íntegra. Super interessante. Não dá para não visitar e se cadastrar. Coloquei o video clip do Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes. Olha só que interessante!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO


Na era da informação e da comunicação, onde cada vez mais o acesso às informações amplia-se à uma velocidade assustadora, onde a informação não é mais privilégio das instituições educacionais e sim propriedade da humanidade, precisamos pensar sobre o que fazer com tantas informações.
O desafio que se apresenta é o de encontrarmos caminhos para orientarmos os alunos a saberem como usá-las e principalmente, como aliá-las às suas necessidades reais, fazendo delas uma fonte de conhecimentos que possam ser usados de forma autônoma e responsável.
Desta forma, há que se pensar constantemente na finalidade, na relevância e na utilização que fazemos das tecnologias nas escolas. A que temos dado maior atenção: à informação ou à formação?
Informações temos bastante, das mais variadas formas e através de diferentes veículos de comunicação. Mas o que fará a diferença será o tratamento que o professor dará a essas informações, a maneira pela qual auxiliará seus alunos na busca de mecanismos e no desenvolvimento de habilidades para transformar essas informações em conhecimento.
Quando o professor tem acesso à tecnologia para as suas aulas, as possibilidades de incentivar os alunos a explorarem sua capacidade de aprender, de cooperar, de serem criativos diante de novas situações são ampliadas. As aulas , se bem planejadas, podem ser instigantes e desafiadoras, porém, se faz necessário que, como qualquer outra ferramenta de trabalho, seja preciso antes conhecer, saber usar , para então estabelecer-se uma metodologia de utilização dessa ferramenta vinculada às necessidades reais de aprendizagem.
É preciso que os educadores em seus ambientes de apredizagem organizem suas aulas com objetivos claros para utilização da Informática. Não adianta ter computador na escola, conectado à Internet se os alunos ou o professor acessarem para clicar e apertar botões. É preciso ter metodologia, senão a aula continuará sendo a mesma do livro didático que muda a página a cada clique quando você expõe uma apresentação multimídia. É preciso desenvolver no ambiente escolar uma "cultura de uso das tecnologias". É preciso haver planejamento e organização do uso desses recursos, é preciso que haja rompimento de barreiras, como o medo, o descompromisso, a desatualização, a resistência ao novo e o individualismo.
Com a Informática na escola, tanto alunos como professores podem ser autores de suas produções se souberem transformar a informação recebida em conhecimento. Qualquer proposta de transformação deve incorporar as novas tecnologias da comunicação e informação de modo a contribuir na melhoria da qualidade dos processos de ensino-aprendizagem. Tal atitude necessita de mudanças e transformações no processo de aprendizagem e prática docente. Transformar informação em conhecimento é certamente um dos maiores desafios profissionais dos tempos atuais. É necessário senso crítico apurado para que se possa identificar quais informações devem ser transformadas em conhecimento real e quais devemos “descartar”. Na era da tecnologia, o importante não é somente ter acesso à informação, mas conseguir transformá-la em conhecimento.
Muitas vezes, a informação e o conhecimento são vistos e tratados como sinônimos, mas são conceitos distintos. Reconhecer esta diferença, bem como a relação que existe entre elas, é fundametal para a prática do professor e a aprendizagem do aluno. Na sala de aula, o professor tem a intenção de transmitir conhecimento, mas conhecimento não se transmite. O professor certamente tem o conhecimento, mas aquilo que ele transmite para o aluno é informação, que pode adquirir significado para o aluno e ser por ele transformada em conhecimento. A informação, tanto a transmitida pelo professor como a encontrada na Internet ou, ainda, em outros meios, pode ter uma organização pedagógica intencional, mas isto não garante que o aluno construa seu conhecimento.
A informação precisa ser interpretada pelo aluno. Este processo de interpretar, ou seja, de dar sentido à informação requer ações do conhecimento. Transformar a informação em conhecimento não é algo que acontece de forma espontânea. É preciso que as informações sejam trabalhadas conjuntamente em várias situações de aprendizagem, de modo que o aluno possa estabelecer relações, comparar, diferenciar, experimentar, analisar, atribuir significado e sistematizar os conceitos envolvidos num processo contínuo de (re)construção do conhecimento.
Atividades que privilegiam a autoria do aluno e o processo de (re)elaboração de algo que lhe seja significativo possibilitam que este aluno possa interpretar as informações, articulando-as com seu universo de representação do conhecimento.
Logo, o atual paradigma de competência repousa em uma ação do profesor de forma criativa, contextualizada, adequada à realidade e respaldada no conhecimento científico.
Aprender a lidar com o desconhecido, com o conflito, com o inusitado, com o erro, com a dificuldade, ser seletivo e buscar na pesquisa as alternativas para resolver os problemas que surgem são tarefas que devem fazer parte do dia-a-dia da sala de aula, criando condições para que a informação transforme-se em conheciimento.
A escola, no cumprimento da sua função social, debe desenvolver nos alunos, competências e habilidades a fim de prepará-los para agir conforme as exigências da contemporaneidade.
Como é impossível distanciar-nos desta realidade, todos os profissionais da educação devem perceber a necessidade de refletir sobre suas ações pedagógicas no que diz respeito a conhecer e reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem e entender o que e como pode facilitar ou impedir que ele aprenda.
Para se chegar a essa realidade não basta investir pesadamente na compra de equipamentos. É necessário mudar a mentalidade dos usuários. É necessário iniciar entre os professores um intenso esforço de "desaprendizagem", ou seja, a sua libertação de metodologias que a tecnologia já ultrapassou.